Material escolar

Vendas nas livrarias caem 30% devido ao reaproveitamento de materiais

Kellen Caldas e Ian Tâmbara

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A imaginação e o aprendizado em prática das crianças ganham importância quando elas têm as ferramentas para isso em mãos. Não fosse assim, Toquinho não teria escrito que em uma folha qualquer se desenha um sol amarelo. Em relação ao material escolar, não é muito diferente. Ainda mais em 2021: por conta da pandemia, a reutilização de materiais que pouco foram aproveitados ou sequer saíram das embalagens no ano passado tornou-se a tendência para a volta às aulas presenciais ou híbridas, com parte das lições pela internet, nas escolas particulares. O Adventista já voltou na última quarta-feira. Nesta semana, na quinta, o Colégio Sant'Anna retomará as aulas. Na próxima segunda, voltarão os colégios Fátima, Coração de Maria, Antônio Alves Ramos, Providência, Marco Polo, Riachuelo e Santa Catarina. Por outro lado, as livrarias e papelarias viram o movimento ser reduzido em 30% por conta disso.

Cálculos como esse normalmente eram feitos, até então, pelas famílias. Todo início de ano costumava ter a lista de material no orçamento. No entanto, o ano letivo praticamente inteiro com aulas remotas reduziu esse tipo de gasto, já que as escolas não podem pedir novamente itens que não foram devolvidos.


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O Procon, inclusive, alerta sobre itens liberados e proibidos na lista de material escolar. O fiel escudeiro álcool, tanto em gel, quanto líquido, entrou como item proibido na lista de exigências aos pais.

- O álcool líquido e o álcool em gel não podem ser requisitados na lista. Se o ensino permanecer à distância, também não podem ser exigidos equipamentos de tecnologia e acesso à informação, como computador ou internet. São custos para as famílias. E todo tipo de prática abusiva pode e deve ser denunciada, e daremos as tratativas necessárias - explica Márcia Moro da Rocha, diretora do Procon em Santa Maria.

Aos 10 anos, Rafaella Zamberlan está pronta para iniciar as aulas e entendeu a importância em reaproveitar o material escolar. Na lista dos reutilizáveis, estão canetinhas, lápis, tesoura, borracha e a mochila. Mãe da estudante, a empresária Tania Boff foi quem teve a ideia de separar os utensílios que ainda poderão seguir com a filha. Mesmo assim, aguarda uma definição de possíveis novas exigências do colégio.

- A minha preocupação principal era em relação aos livros. Assim que tivemos a lista, fui à livraria para solicitá-los. Em relação ao restante do material, vamos aguardar o que a escola deve solicitar. Mas folhas, lápis de cor, enfim, o que a Rafa tiver em casa, eu vou mandar para a escola - afirma Tania.

REDUÇÃO

A pedagoga Elizabeth Baggio comenta que a filha Bianca, 7 anos, acabou recebendo o material de volta da escola em 2020, mas precisou usar boa parte nas aulas online, em casa.

- Então, tive de comprar uma lista com bastante material este ano, e os preços aumentaram um pouco também - diz.

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Ao mesmo tempo, a situação impactou economicamente e gerou dúvidas nas empresas especializadas com esse tipo de produto. Para livrarias e papelarias, o reaproveitamento de material significa menos venda. De acordo com empresários do setor, as compras devem atrasar um pouco diante das incertezas impostas pela pandemia.

Enquanto isso, até o momento, 2021 tem sido devagar em comparação com essa época em anos anteriores, como comenta a gerente de loja Cíntia Marques:

- Como as aulas ainda têm calendários fracionados, o movimento está abaixo da média. Porém, há expectativa de que ainda tenhamos mais vendas. A principal diferença é a redução de alguns itens das escolas. Com isso, ainda que haja algum aumento de preço para determinados produtos, a lista menor compensa esse valor.

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